O que não faltam sã mitos para causar desinformação por aí. E em
relação a dietas, a proporção é ainda maior. Veja agora oito exemplos e
conheça a verdade por trás do que te falam:
1) Uma caloria é uma caloria
Na hora de perder peso, as calorias têm importâncias muito diferentes, que variam de alimento para alimento. Na hora de priorizar quanto de caloria ingerir, é preciso ficar atento aos tipos de alimentos que comemos. Diferentes alimentos afetam nossos corpos, fome e hormônios de diferentes maneiras. Veja as diferenças:
-Frutose x glicose: frutose é o açúcar mais suscetível a estimular a fome, provocar o aumento da obesidade abdominal e resistência à insulina, em comparação com a mesma quantidade de calorias de glicose;
-Proteína x gordura: Comer proteína pode aumentar a taxa metabólica e reduzir a fome em comparação com gordura e carboidratos;
-Ácidos graxos de cadeia média x ácidos graxos de cadeia longa: ácidos graxos que são de cadeia média (por exemplo, a partir de óleo de coco), aumentam o metabolismo e ajudam a reduzir a fome em comparação com os ácidos graxos de cadeia mais longa.
2) Comer muita proteína é ruim para você
Tem muita gente que pensa que uma dieta rica em proteínas irá prejudicar os seus rins e causar osteoporose. É verdade que a ingestão de proteína pode excretar mais cálcio em curto prazo, no entanto, estudos de longo prazo mostram que a ingestão de proteína melhora a saúde dos ossos e gera um menor risco de fraturas. Os dois fatores de risco mais relevantes para a insuficiência renal são diabetes e pressão arterial elevada. Comer proteína adequada ajuda a ambos, o que acaba por reduzir o risco de doença renal na vida adulta.
3) A dieta mais saudável é uma dieta de baixa gordura equilibrada
As diretrizes para dieta de baixo teor de gordura saíram em 1977, nos EUA, quase exatamente ao mesmo tempo em que a epidemia de obesidade começou. Esta dieta nunca tinha sido realmente comprovada, portanto, tinha como fundamentaçã apenas em observações. Até que o Instituto Nacional de Saúde decidiu testá-la. Parte de dezenas de milhares de mulheres foram colocadas em dietas com baixo teor de gordura. Outra pate continuaram a comer a dieta ocidental padrão como antes.
O estudo durou 7 anos meio, e as conclusões foram :
-A dieta não evitou o ganho de peso. O grupo de baixo teor de gordura pesava apenas 0,4 kg a menos do que o grupo controle;
-A dieta também não preveniu doença cardíaca. Não houve diferença entre os grupos.
4) Todos devem cortar o sódio
O sódio é um eletrólito essencial para o corpo. Por muito tempo, ele é tido como responsável por elevar a pressão arterial e, portanto, aumentar o risco de doenças. É verdade que ele pode elevar ligeiramente a pressão arterial a curto prazo, no entanto, estudos não comprovam que a diminuição de sódio ajuda a prevenir ataques cardíacos, por exemplo. Ensaios clínicos sobre a restrição de sódio mostram que não há nenhum efeito sobre a doença cardiovascular ou morte. As pesquisas também mostram que a restrição de sódio pode aumentar os níveis de triglicerídeos e colesterol. A menos que você tenha pressão arterial elevada, não há razão para evitar adicionar sal aos seus alimentos. Mas com em tudo o mais na vida, use com moderação.
5) As gorduras saturadas elevam o colesterol ruim e provocam doença cardíaca
O mito de que a gordura saturada aumenta o colesterol e provoca doenças cardiovasculares é baseado em estudos observacionais falhos realizados nos anos 60 e 70. Desde então, muitos estudos têm reexaminado essa relação e descobriu-se que:
-Não há literalmente nenhuma associação entre o consumo de gordura saturada e doença cardiovascular;
-Gordura saturada aumenta o HDL (o colesterol bom);
-Não há razão para evitar os alimentos naturais que são ricos em gorduras saturadas. Por exemplo, carne, óleo de coco e manteiga são alimentos perfeitamente saudáveis.
6) Café é ruim
É verdade que a cafeína, o composto ativo estimulante no café, pode aumentar ligeiramente a pressão arterial, a curto prazo. Apesar destes efeitos adversos leves, pesquisas de observação a longo prazo, na verdade, mostram que o café diminui o risco de muitas doenças. Os benefícios comprovados são:
-Melhor o funcionamento do cérebro;
-Ajuda na queima de gordura;
-Reduz o risco de diabetes (alguns estudos indicam que em até 67%);
-Reduz o risco de doenças como Alzheimer e Parkinson;
-Protege o fígado contra cirrose e câncer.
7) Ovos são ricos em colesterol e podem causar doença cardíaca
Por conterem grandes quantidades de colesterol, os ovos já foram tidos como vilões. Entretanto, eles estão entre os alimentos mais nutritivos e saudáveis que você pode comer, pois são carregados de vitaminas, minerais e antioxidantes. Estudos mostram que o consumo de ovos melhora o perfil lipídico do sangue, porque elevam o HDL (bom colesterol). Nenhuma pesquisa mostra associação entre o consumo de ovos e o risco de doença cardíaca.
8) Dietas de baixo carboidrato são ineficazes ou perigosas
Dietas de baixo carboidrato têm sido classificadas como nocivas devido à sua alta quantidade de gordura saturada. Por este motivo, imaginou-se que aumentariam o risco de doenças do coração e outras doenças crônicas. Porém, desde 2002, mais de 20 ensaios clínicos foram realizados comparando dietas de baixo carboidrato com dieta de baixo teor de gordura. Em quase todos, as dietas de baixo carboidrato:
-Apresentaram significativamente mais perda de peso do que dietas com baixo teor de gordura;
-Diminuíram os níveis de triglicerídeos, um importante fator de risco para doença cardíaca;
-Elevaram o HDL (o bom colesterol) ;
-Melhoraram o açúcar no sangue e os níveis de insulina, especialmente em diabéticos.
Não há nenhuma evidência de quaisquer efeitos adversos em dietas de baixo carboidratos.
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